Espaço das Casas da Amizade (Agosto 2019)

A importância da mulher na construção do Rotary aos longo de sua história, é marcada pelo exemplo da Sra. Jean Thompson Harris (1861-1963). Ela não apenas cerziu o paletó de Paul Harris ao conhece-lo em Chicago, mas também cerziu os rasgões das estradas do mundo para o marido caminhar e semear o ideal de servir, que fez do Rotary, uma das mais extraordinárias organizações de serviços à humanidade. A partir daí, surgiram inúmeras Sras. Jean pelo planeta a fora.

As Casas da Amizade surgiram no ano de 1914, através da Sra. Ann Brunice, esposa de um rotariano de São Francisco, que a apresentou na Convenção de Houston. A partir desta iniciativa, passou a ser comum os rotarianos levarem suas esposas para participarem das convenções. Entretanto, oficialmente, a Casa da Amizade nasceu em Manchester, em 1924, tendo como primeira presidente a Sra. Oliver Golding.

Por influência americana, em 1938, surgiu no Brasil, a Associação das Senhoras dos Rotarianos, na cidade de Bauru-SP, por iniciativa da Sra. Violeta Loureiro de Carvalho, primeira presidente, esposa de Alencar Rezende, Presidente do Rotary Club de Bauru. A Sra. Violeta Carvalho, lançou a ideia de reuniões semanais, com fins filantrópicos. O foco inicial dos trabalhos foi o Lactário Rodolfo Miranda e Dispensário Fernandes Figueira, proporcionando às crianças agasalhos e alimentação. Três anos depois, os companheiros de Bauru levaram à Conferência de Poços de Caldas a proposta de criação da Associação das Senhoras dos Rotarianos. Na ocasião, o Presidente de Rotary Internacional, o brasileiro Armando de Arruda Pereira, abraçou a ideia e sugeriu que ela proliferasse por todo o pais. Para não ferir os princípios básicos de Rotary, em 04 de julho de 1958, a Associação passou a se chamar Casa da Amizade.

As Casas da Amizade têm um papel importante junto aos seus clubes de Rotary, além de parceiras no servir, integram a família na vida rotária, reúnem as esposas, fortalecendo e incentivando a caminhada de seus cônjuges, promovendo a união, reunião de companheirismo e o contado dos filhos com as atividades rotárias.

Com a união dos Distritos 4580 e 4520, somos hoje o Distrito 4521 com trinta Casas da Amizade em ação, comprometidas em desenvolver projetos sociais, além de promover o companheirismo, unindo a família rotária e estabelecendo laços de amizade com Rotary, Rotaract e Interact. É necessário conhecer os programas de Rotary para uma participação ativa e efetiva no incentivo aos seus pares, buscando também a motivação e mobilização em assumir cargos de liderança, conquistar novos associados, tornado cada vez mais forte essa maravilhosa instituição que só faz o bem. E nós mulheres sabemos a força que temos ao acreditar e querer conseguir algo. Vamos juntas iniciar uma nova década não de sonhos, mas de uma realidade de grandes realizações.

“As Casas da Amizade não são compostas de mulheres que não têm o que fazer, mas de mulheres que sabem o que fazer; não são compostas de mulheres que procuram matar o tempo, mas de mulheres que sabem dar a vida ao tempo para que ele produza; não são compostas de mulheres que procuram distração no trabalho, mas de mulheres que transformam o trabalho no mais sublime das distrações. (M. Carmo Gouveia).

Sucesso a todas! Carinhosamente o meu abraço.
Celi Pereira Ataydes Silva

Bibliografia: “Cartilha Rotária” 8ª Edição, José Silvano Portes; “50 Anos do Rotary Club de Uberaba – Jubileu de Ouro de Uma Instituição Vitoriosa” – Arquivo Público de Uberaba 1988; MTA Edição 3.